Vivo e Oi promovem o horror nas telecomunicações
Não garantir internet a quem mais precisa e realizar demissões. Isso é o que as empresas de telecomunicações Oi e Vivo estão fazendo. Criando um ambiente de insegurança na sociedade e junto aos trabalhadores.
A Vivo, com lucro de R$ 5 bilhões em 2019, tem a cara de pau de afirmar que não levará acesso gratuito à internet em comunidades de baixa renda. A desculpa esfarrapada do senhor Christian Gebara, presidente da empresa, é de que “não é o momento de lançar nenhuma ação que possa ter um caráter competitivo”. Vivo, Claro, TIM e Oi dominam 80% do mercado de banda larga!
A direção /Conselho de acionistas da Oi vem tripudiando sobre os trabalhadores, articulando irresponsabilidade, incompetência e falta de compromisso social. A empresa está em recuperação judicial desde 2016 e, em plena pandemia, demite trabalhadores diretos e da sua subsidiária Serede.
Segundo os sindicatos e federações de trabalhadores de telecomunicações a Oi enviou semana passada cerca de 12 mil e-mails aos seus funcionários informando que 7 mil deles seriam transferidos para uma outra empresa do grupo, a Brasil Telecom Comunicação Multimídia. Esses e-mails foram enviados na terça-feira. Na quarta, a empresa cancelou o processo. Por quê? Não informou, mas, na segunda, 8 de junho, começaram as demissões. Desde o ano passado as entidades sindicais denunciam que há um plano de demitir cerca de 3 mil trabalhadores.
Ao mesmo tempo, ambas, junto com a Globo, Warner, Disney, Amazon, Google, Apple, Sky pressionam a Anatel para que libere os modelos de TV por assinatura prestados pela internet, acabando na prática com a Lei da TV por assinatura. Essa lei as obriga a disponibilizar conteúdos nacionais, as chamadas cotas. Para elas não interessa a cultura nacional. Só pensam, única e exclusivamente, no lucro. Se isso for aprovado haverá demissões em massa no setor audiovisual. Lembrando que TV por assinatura faz parte das telecomunicações.
Esse é o quadro de horror nas telecomunicações. As empresas Oi e Vivo não aprenderam nada com o momento de pandemia que estamos passando. Só pensam no mercado e nos seus acionistas. Sempre elas e nunca a sociedade e os trabalhadores. Chega!
Menos acumulação e mais compartilhamento. As empresas precisam assumir um compromisso social. Queremos banda larga gratuita para as comunidades carentes durante a pandemia, o fortalecimento das cotas de conteúdo nacional na TV por assinatura e a suspensão de todas as demissões.
Instituto Telecom, Terça-feira, 9 de junho de 2020