Idec apresenta à Anatel plano para incluir sociedade na regulação

Essa medida está prevista no projeto de lei das agências reguladoras, em tramitação na Câmara, e é criticada por todas elas, inclusive a Anatel. O fundo, denominado Fundo Federal de Fomento à Participação Social no Processo Regulatório (FFPR), seria composto por um percentual do valor arrecadado com multas aplicadas pelos órgãos de defesa do consumidor, receita orçamentária dos órgãos e das entidades reguladoras, além de doações.
Os recursos obtidos seriam geridos por um representante (presidente) do órgão federal de defesa do consumidor; três representantes das entidades reguladoras; um representante do Ministério Público Federal; um representante do Ministério da Fazenda; e três representantes de entidades de defesa do consumidor, constituídas há pelo menos um ano.
O fundo seria usado também no apoio institucional para capacitação nos temas que compõem a Agenda Regulatória, outra proposta do Idec para promover a previsibilidade e a transparência da atuação regulatória e possibilitar a participação da sociedade civil na definição das prioridades institucionais. A agenda seria um documento público, anual, que indicaria os temas a serem regulados no período. Também contaria com um cronograma de atividades e teria acompanhamento semestral de atualização das ações.
Além disso, a proposta do Idec prevê o aprimoramento das audiências e consultas públicas, com a divulgação de textos de fácil entendimento e disponibilização, no site da agência, pelo prazo mínimo de um ano, dos estudos, dados e materiais técnicos que fundamentam as propostas de regulamento.
A proposta do Idec foi apresentada à Anatel na semana passada e será discutida internamente antes de uma decisão. A aproximação da Anatel com os consumidores é uma das ações de curto prazo previstas no PGR (Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações).