Acabou o estoque de IPv.4 no Brasil e na América Latina

jun 11, 2014 by

A alocação de endereços IPv4 no Brasil entra a partir desta terça-feira, 10/6, em “terminação gradual”, como definiu o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR, ou NIC.br. Trata-se do “fim” dos recursos da versão 4 de endereçamento IP e significa o início de racionamento severo.

 

O anúncio foi feito pelo NIC.br e pelo LACNIC, a entidade que distribui endereços para América Latina e Caribe. “Perto do esgotamento na região, adotou-se um estoque único. Quando o estoque da região termina, o estoque do Brasil também chega ao fim”, explica o diretor-presidente do NIC.br, Demi Getschko.

O efeito prático desse anúncio conjunto é que a partir de agora organizações no Brasil poderão receber, no máximo, 1024 endereços IP (equivalente a um prefixo /22) a cada seis meses, mesmo que justifiquem a necessidade de blocos maiores.

Descreve o NIC.br que “para esse processo de terminação gradual foi reservado o equivalente a dois milhões de endereços IPv4 através de uma política proposta e aprovada pela própria comunidade Internet”. Acabado este estoque, existirão ainda dois milhões de endereços IPv4 que serão distribuídos somente para novos solicitantes, limitados a uma única alocação por solicitante de, no máximo, 1024 endereços.

O “esgotamento” dos endereços não só era esperado como já se deu na Ásia, há três anos, e na Europa, há dois. O estoque de endereços IP é um recurso finito, limitado a quatro bilhões de endereços na versão 4. “A solução para o contínuo crescimento da rede é o uso do protocolo IP na versão 6 (IPv6)”, lembra o NIC.br.

Essa mudança de um sistema de endereços em 32 bits para 128 bits permite uma infinidade (340 ‘undecilhões’) de combinações que, imagina-se, durará para sempre, ou quase – como um dia se imaginou sobre o IPv4. É preciso a adesão maciça das redes e dos equipamentos para a Internet manter a expansão.

“O esgotamento de endereços nessa versão do protocolo faz parte do crescimento da Internet, e no Brasil seu crescimento é notavelmente grande. Nesse momento, a preocupação principal é estimular a adoção do IPv6”, sustenta Demi Getschko.

De acordo com o NIC.br, 68% das organizações no Brasil que fazem parte da Internet como Sistemas Autônomos já se conscientizaram e alocaram blocos IPv6. “É muito importante intensificar o esforço para a adoção do novo protocolo.”

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