Telecomunicações: 25 anos da privatização da Embratel e das Teles
No dia 29 de julho completou um quarto de século da privatização da Embratel e das Teles, como a Telerj/Telemar.
A privatização não ocorreu por ineficiência ou por falta de recursos no setor. O Sistema Telebras, em poucas décadas, havia operado um milagre no setor, integrando o país, levando serviços até a Amazônia.
A Embratel havia, desde 1985, lançado nossos satélites próprios. E por diversas vezes recebeu prêmios por eficiência.
O quadro de funcionários da Embratel e Telerj/Telemar era bem treinado e capaz tecnicamente. Mas, os grandes grupos econômicos enxergavam a enorme revolução tecnológica e econômica do setor. Sabiam dos lucros gigantes que obteriam com a privatização.
Passados 25 anos está comprovado que as lutas e bandeiras dos trabalhadores e trabalhadoras, e dos sindicatos, estava correta.
Temos uma Internet de má qualidade, e das mais caras. As empresas são campeãs de reclamações. A Internet banda larga não está presente em todas as escolas e unidades de saúde, como é necessário.
Na pandemia da Covid, todos viram o desespero de pais de famílias pobres: por falta de Internet de qualidade seus filhos ficaram de fora das atividades on line de educação.
Outro exemplo: A Oi, oriunda da antigas Telerj/Telemar, era dona das maiores plantas do setor. Há anos uma enorme crise econômica, torrando ativos e causando demissões.
Nos 25 anos da privatização da Embratel e das Teles, principalmente nós, que vivemos no setor, e ainda temos a capacidade de sonhar e de lutar, devemos refletir. E cobrar a presença do setor público nas telecomunicações.
Exigir que a Internet banda larga chegue às escolas, aos hospitais, aos morros, aos mais pobres e a todos os recantos do país.
Pela universalização da Internet Banda Larga!
Gilberto Palmares, aposentado da Embratel, presidente do CRT-RJ
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