Nossa Opinião: Big Techs atacam a soberania brasileira

Mesmo antes do tarifaço imposto por Donald Trump em 9 de julho, a soberania do Brasil já vinha sendo sistematicamente violada — não apenas por decisões políticas e econômicas dos Estados Unidos, mas, sobretudo, pela atuação predatória e autoritária das big techs norte-americanas em nosso território.
1. Ataques às instituições democráticas
Em janeiro de 2025, Mark Zuckerberg, CEO, dono da Meta, atacou diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), chamando-o de “corte secreta” e rejeitando qualquer tentativa de regulação estatal. Ao se colocarem contra qualquer tipo de regulação democrática, essas empresas impõem sua própria lógica de censura e poder, alinhando-se abertamente aos projetos políticos da extrema direita global.
2. Alinhamento com forças reacionárias
Essas plataformas não são neutras: atuam em parceria com setores conservadores e reacionários, impulsionando desinformação, minando a democracia, atacando direitos trabalhistas e enfraquecendo sindicatos. Estão ao lado de uma elite política que despreza o povo e a soberania nacional.
3. Ameaça à soberania tecnológica
O avanço da Starlink, rede de satélites controlada por Elon Musk, leva serviços essenciais de comunicação a dependerem de uma infraestrutura que está completamente fora do controle do Estado brasileiro. Essa dependência representa um risco concreto à nossa autonomia estratégica.
4. O poder concentrado dos bilionários da tecnologia
Elon Musk (X/Tesla), Mark Zuckerberg (Meta) e Jeff Bezos (Amazon), líderes das empresas que ameaçam nossa soberania, ocupam os três primeiros lugares na lista da Forbes, somando uma fortuna de 773 bilhões de dólares. Não é coincidência que sejam os principais opositores do Projeto de Lei 2630/20, que propõe a regulação das big techs, e do PL 2338/23, sobre a regulação da inteligência artificial no Brasil.
As big techs se transformaram em instrumentos de dominação política, econômica e tecnológica. São empresas que, ao operarem sem limites em nosso país, colocam em risco a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional. É urgente e necessário que o Brasil estabeleça uma regulação firme, transparente e democrática dessas plataformas — em defesa do povo e do futuro do país.
Instituto Telecom, Terça-feira, 15 de julho de 2025