Anatel dá sobrevida à rede analógica de celular, que ficará ativa até dezembro de 2015 no Brasil
O conselho diretor da Anatel aprovou hoje uma nova sobrevida à rede analógica de celular – conhecida como AMPS (Advanced Mobile Phone Services)- para até dezembro de 2015, quando estará em vigor a tecnologia digital na faixa de 450 MHz. Esta decisão ocorre poucos dias depois de o celular ter completado 40 anos. O fim do celular analógico no Brasil foi anunciado pela agência em 2010. Mas a prorrogação desta tecnologia obsoleta tem razão de ser, conforme a agência brasileira: há ainda muitos clientes do Ruralcel, que usam a rede móvel analógifa para seus telefones fixos e que são atendidos pela concessionária de STFC. A a Oi, responsável por atender esses usuários foi a que pediu a prorrogação desta tecnologia, que deveria ter sido desligada em fevereiro deste ano, conforme resolução nº 562/2011, da própria agência.
Conforme o relator do processo, conselheiro Rodrigo Zerbone, constatou-se que ainda há por este Brasil afora algumas centenas de usuários de telefone fixo, que usam a rede analógica das operadoras de celular para se comunicarem. Segundo ele, a Vivo ainda tem 1.332 estações rádio-bases analógicas e a TIM outras 608 Erbs AMPS. Embora as redes sejam das operadoras de celulares, a obrigação de atender esses clientes é da Oi, concessionária de telefonia fixa. Assim, a Oi fica responsável por remunerar as duas empresas para que essas estações sejam mantidas.
Conforme a Anatel, a Oi deve pagar R$ 450 mil para a Vivo e R$ 1,075 milhão para a TIM manter os sites. Durante esses 33 meses de sobrevida à tecnologia Amps, a Oi deverá dar toda a assistência técnica aos usuários. Com a aprovação desta medida cautelar, os técnicos precisarão modificar a própria portaria que deu um prazo final para a extinção do sistema analógico.
Celular
Oficialmente os celulares analógicos foram extintos no Brasil pela Anatel em julho de 2010, quando não havia mais qualquer usuário nesta tecnologia. Até maio daquele ano, ainda estavam ativos 509 celulares AMPS, que saíram da planta brasileira no mês seguinte. Desde 2008 a Anatel tenta acabar com a rede analógica no Brasil, mas a realidade de um país tão díspare acaba prevalecendo sobre a vontade dos técnicos.
A prorrogação para até 2015 está vinculada ao uso da faixa d 450 MHz para a telefonia rural, conforme o leilão da frequência realizado no ano passado. A questão é que ainda é preciso desenvolver a tecnologia digital para ser usada neste espectro.
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