“Queimado”, 3G será salvo pelo 4G, diz Paulo Bernardo
Os maiores consumidores de banda larga móvel deverão ser os primeiros a migrar para o 4G, até por se tratarem dos brasileiros com condições de pagar pelo serviço, que de início será mais caro. O resultado, porém, é que o 3G, que se ‘queimou’ no país, poderá, enfim, entregar a qualidade prometida.
É assim que o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, descreve o que começará a acontecer a partir do próximo mês, quando seis capitais brasileiras deverão contar obrigatoriamente com ofertas comerciais da quarta geração da telefonia móvel.
“Vai melhorar o sinal do 3G. Estamos exigindo investimentos das empresas. Além disso, uma parte das pessoas vai migrar. Normalmente vai ser uma tecnologia um pouco mais cara no início e nossa previsão é que a classe média-alta vai migrar logo para o 4G”, descreveu Paulo Bernardo ao participar, nesta quinta-feira, 4/4, do programa Bom Dia Ministro, transmitido pela Rádio Nacional.
Segundo ele, é justamente essa parcela da população quem mais consome a banda disponível. “Geralmente é quem usa mais, principalmente Internet. Então vai desafogar o 3G, que vai ficar com um serviço melhor”, completou o ministro das Comunicações.
Para Paulo Bernardo, esse movimento deverá ‘redimir’ o 3G no Brasil, visto que ao ser implantado prometia qualidade no acesso móvel à Internet, mas frustrou as expectativas diante da baixa qualidade dos serviços oferecidos pelas operadoras de telefonia.
“Tenho um convencimento que a tecnologia 3G no Brasil está ‘queimada’ pelo desempenho que piorou muito nos últimos dois anos. Mas é boa e ainda vamos usar o 3G por vários e vários anos e com certeza tem condição de ter um desempenho melhor, que poderia colocar até 7Mbps”, concluiu.




