Vivo amplia lucro em 10% no segundo trimestre com alta em fibra e móvel
A Telefônica Brasil, dona da Vivo, obteve lucro líquido de R$ 1,34 bilhão no segundo trimestre deste ano, de acordo com balanço financeiro divulgado na noite desta segunda-feira, 28. O montante representa alta de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A operadora atribui o resultado ao desempenho dos seus principais serviços. A receita operacional líquida teve alta de 7,1%, ante o segundo trimestre de 2024, para R$ 14,64 bilhões. Os serviços móveis (+7,3%) e de banda larga (+10,4%) cresceram a ritmos ainda mais fortes.
Confira, a seguir, os principais números da Vivo no segundo trimestre.
- Receita operacional líquida: R$ 14,64 bilhões (7,1%);
- Serviço móvel: R$ 9,55 bilhões (+7,3%);
- FTTH: R$ 1,94 bilhão (+10,4%);
- Ebitda: R$ 5,93 bilhões (+8,8%);
- Margem Ebitda: 40,5% (+0,6 p.p.);
- Investimentos: R$ 2,43 bilhões (+4,2%).
Serviço móvel
O serviço móvel foi impulsionado, principalmente, pelo pós-pago, que cresceu 10,9% na comparação com o segundo trimestre do ano passado, somando R$ 8,21 bilhões em receitas. A modalidade passou a representar 86% do faturamento do serviço celular da tele.
A base pós-paga chegou a 68,5 milhões de clientes, alta anual de 7%. A Vivo ressalta que a carteira cresceu em função de “migrações do pré-pago para controle e do controle para o pós-pago puro, aquisição de novos clientes e reajustes anuais de preços”.
O pré-pago, por sua vez, encerrou o segundo trimestre com 34 milhões de usuários (ante 37 milhões há um ano) e teve queda de 10,6% na receita, devido à “intensificação das migrações para o pós-pago (aceleradas a partir do 2T24) e da redução na frequência de recargas em relação ao mesmo período do ano anterior”. Com isso, a modalidade passou a representar 14% da receita de telefonia móvel.
“Essa dinâmica de migração contribui positivamente para o desempenho geral do serviço móvel, dado o maior ARPU [receita média por usuário] e menor churn [evasão de clientes] do pós-pago”, destacou a Vivo, citando que ARPU do serviço móvel chegou ao “maior valor na história da companhia”, ficando em R$ 31,1 (+5,1%).
A receita de aparelhos e eletrônicos ficou estável, na ordem de R$ 820 milhões. Os smartphones 5G representaram 95% dos celulares vendidos no segundo trimestre (+8,1%) diretamente pela operadora.
Serviço fixo
A receita líquida dos serviços fixos teve alta de 8% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando R$ 4,27 bilhões.
O serviço de conectividade via fibra óptica (FTTH) cresceu 10,4%, para 1,94 bilhão. A Vivo informou que, no intervalo de 12 meses, o total de casas passadas (imóveis que podem contratar o serviço de fibra) avançou 10,1% (totalizando 30,1 milhões) e de casas conectadas, 13%.
Com isso, a operadora terminou o segundo trimestre com 7,4 milhões de assinantes de banda larga. Inclusive, o churn de banda larga caiu 0,26 ponto percentual (p.p.), para a mínima histórica de 1,46%.
Ainda no que diz respeito ao serviço de fibra, a operadora salientou que, dos 7,4 milhões de clientes, 4,5 milhões são convergentes com outros serviços, dos quais 2,9 milhões contratam o plano Vivo Total (fibra e móvel), cuja base cresceu 63,5% em um ano.
A receita fixa ainda foi complementada pela alta de 20,7% em dados corporativos, TIC e serviços digitais, que somaram R$ 1,36 bilhão – desse total, R$ 933 milhões vieram da vertical B2B Digital Fixa (+37,7%, ante o segundo trimestre do ano passado).
Ebtida e investimentos
No segundo trimestre deste ano, a Vivo registrou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida) de R$ 5,93 bilhões, alta de 8,8% na comparação com o mesmo período de 2024. A margem subiu 0,6 p.p., alcançando 40,5%.
Os investimentos (não incluindo contratos de arrendamento) totalizaram R$ 2,43 bilhões no intervalo de abril a junho, um crescimento de 4,2%. Segundo a Vivo, os desembolsos foram direcionados para expansão da rede 5G, que chegou a 596 cidades, e da operação de FTTH.
Eduardo Vasconcelos, Teletime, 28 de julho de 2025