Indústria de equipamentos de comunicação liderou demissões em 2009

fev 7, 2010 by

DemissãoOs setores mais afetados pela queda da produção industrial em 2009 também foram os que mais demitiram. Os números foram obtidos pela Agência Brasil com base no cruzamento de dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, divulgada nesta terça-feira, 02/02, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado no final de janeiro pelo Ministério do Trabalho.

Somente no próximo dia 9, o IBGE apresentará os dados do emprego na indústria relativos ao ano passado. Mas neste dia 02, foram reveladas apenas as estatísticas do volume produzido. Os números do Caged, já apresentados, mostram que a indústria automotiva, metalúrgica e de materiais elétricos e de comunicações também foram os segmentos mais atingidos pelo fechamento de postos de trabalho.

No ano passado, segundo o Ministério do Trabalho, os três ramos foram os que mais reduziram o nível de emprego em termos proporcionais. A maior queda ocorreu na indústria de materiais elétricos e equipamentos de comunicação, que perdeu 4,23% da força de trabalho, o que significa 11,7 mil demissões. De acordo com o IBGE, o volume produzido no setor caiu 25,5% no ano passado, a maior retração entre os segmentos pesquisados.

Afetada por uma queda de 17,5% na produção, a metalurgia apresentou o segundo pior desempenho em 2009, conforme o IBGE. Pelos dados do Caged, o setor dispensou 3,62% dos empregados, o que equivale a 27,1 mil demissões. Em termos proporcionais, também foi o segundo maior fechamento de postos de trabalho na indústria.

Apesar de beneficiada com reduções de impostos, a indústria automotiva foi o terceiro setor industrial mais afetado pela crise. De acordo com o IBGE, a diminuição na produção de veículos automotores chegou a 12,4% em 2009, a terceira maior queda entre os ramos pesquisados.

Pelos dados do Caged, a indústria mecânica, classificação que engloba o setor automotivo, eliminou 13,9 mil trabalhadores no ano passado. A retração, de 2,63%, foi a terceira maior na indústria brasileira.

*Com informações da Agência Brasil

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