Telebras: privatização cabe a Bolsonaro; foco é a sustentabilidade

jun 17, 2019 by

O presidente da Telebras, Waldemar Gonçalves Ortunho, disse nesta segunda, dia 17, em evento realizado na FIESP sobre política de telecomunicações, que qualquer decisão sobre a privatização da empresa caberá exclusivamente ao presidente Jair Bolsonaro, depois de estudos da área econômica, e que a estatal tem feito um esforço para melhorar seus resultados e se tornar uma empresa sustentável por meio de corte de custos. Ele disse que a empresa segue na sua missão de ser uma provedora de infraestrutura para a administração federal e políticas públicas, e que a prestação ao usuário final fica restrita a regiões onde não existe oferta adequada.

Segundo números trazidos pelo presidente da Telebras, existem já 6,5 mil pontos do programa GESAC (Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão) instalados e que até o final do ano a estatal, em parceria com a Viasat, terá os 17 mil pontos exigidos em contrato instalados. No atendimento por meio de serviços de WiFi Comunitários (parte do programa Internet para Todos) serão cerca de 5 mil pontos em 2019 atendendo a cerca de 2 milhões de pessoas.

Segundo Ortunho, a Telebras deve ainda expandir um pouco a sua capacidade de fibra para 32 mil km em 2019. Ele diz que o foco de atuação da empresa está nas regiões Norte e Nordeste. “Todas as nossas ações trazem resultados, mas somos um implementador de políticas públicas e vamos onde a prioridade do governo está”.

Ele destacou que a Telebras também está desenvolvendo uma solução para oferecer comunicação segura, com criptografia ponta a ponta, para os órgãos da administração pública. Vale lembrar que este foi o fator que durante muitos anos serviu de justificativa para uma espécie de prioridade dada à Telebras na venda de capacidade sem licitação, por meio do Decreto 8.135/2013, revogado no final de 2018. A estatal, ao que tudo indica, está agora buscando uma forma de oferecer efetivamente a segurança de comunicação que foi, por muito tempo, o argumento para ela ter um tratamento diferenciado.

Samuel Possebon, Teletime,  17 de junho de 2019

 

 

Artigos relacionados

Tags

Compartilhe

Comente

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *