TSE descarta ataque hacker bem-sucedido no 2º turno

dez 1, 2020 by

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso, disse neste domingo, 29/11, após a realização do segundo turno das eleições municipais de 2020 em 57 municípios, entre eles, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, que não houve nenhum ataque hacker ‘bem-sucedido’ aos sistemas do Tribunal. No primeiro turno, no dia 15 de novembro, o TSE admitiu que houve um grande ataque de negação de serviço – DDoS – com mais de 416 mil conexões por segundo para tentar derrubar toda a TI do TSE. Também houve o vazamento de dados, obtidos, segundo explicação do TSE, antes do dia da eleição, com dados de servidores e ex-ministros.

 

“No segundo turno, não tivemos nenhum ataque bem-sucedido ao TSE. E a Polícia Federal conduziu de forma exemplar a Operação Exploit, que chegou a prender um suspeito em Portugal do vazamento de dados. Se houve ataques, mesmo que sem sucesso, neste momento não tenho como responder”, reforçou Luis Roberto Barroso. Sobre a falha de TI na contabilização dos votos da eleição, Barroso disse que no segundo turno não foi registrada nenhuma ocorrência.

“A falha operacional detectada na inteligência artificial do sistema da Oracle no primeiro turno foi corrigida e toda a apuração dos votos aconteceu da forma esperada e dentro do tempo considerado normal. Vale ressaltar que no primeiro turno, a falha da IA causou apenas um atraso de 2 horas e cinquenta minutos, mas não impactou de forma alguma o resultado e a contabilização dos votos do primeiro turno”, ressaltou também Barroso.

De forma dura, o presidente do TSE respondeu às críticas ao presidente Jair Bolsonaro – que, de novo, disse ao votar no Rio de Janeiro, que as urnas não são confiáveis e são passíveis de fraude. Luis Roberto Barroso repetiu que ‘para aqueles que ainda não entenderam por desconhecimento porque para aqueles que insistem em não entender por vontade própria não há remédio’, que o sistema das urnas não é hackeável. “São mais de 400 mil urnas e não há nem nunca houve antes ou depois da eleição qualquer violação da urna, que não está interligada em rede. Os dados são passados por uma rede privada criptografada ao TSE”, completou.
Ana Paula Lobo, Convergência Digital, 29 de novembro de 2020

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